quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Competitividade


Nos últimos 40 anos o número de suicídios almentou 40% segundo OMS - Organização Mundial de Saúde. Estima-se que 3000 pessoas dão fim às suas vidas diáriamente. No Japão esses números podem ser ainda maiores. Dentre esses 3000 suicídas apontados 14% são de adolecentes e jovens de 14 a 24 anos.

Culpa de quem? Não quero aqui estar na posição de juíz e apontar um réu específico quando na verdade a causa não é apenas um fator, mas uma série de pequenas coisas que culminam no extremo de por fim a própria vida.

É da natueza humana a competição. Estar entre os melhores é sempre bom. Ter reconhecimento por desempenhar bem o nosso papel é algo que todos queremos; dizer que não queremos isso é tapar sol com peneira. Todos queremos, todos buscamos nosso lugar à sombra. Pois ao sol todos nós nascemos!

A competição é algo saudável desde que não se torne uma obssessão; quando isso acontece se transforma em paranóia; nesse ponto quando se fracassa em algum objetivo ou não se alcança metas, a vergonha, a decepção, o medo de encarar os colegas, a família tráz frustação e a consequência disso é  o suicídio.

É exatemente isso que tem acontecido nesses paises altamente competitivos; o fracasso para alguns é sinal de extrema incapacidade, e por o homem, na maioria das vezes não saber lidar com as perdas, o homem toma a si mesmo como o maior culpado por não ter atingido seu alvo, sua meta e põe fim a sua vida convicto de que essa é a melhor saída.

Como lidar com as perdas e fracassos de nosso dia-a-dia é, na verdade o que eu gostaria de abordar com toda essa introdução.

Desde de pequenos nossos pais nos ensinam coisas pelas quais carregamos por toda nossa vida; algumas delas nos seguem lado a lado conosco mesmo que cominhemos por caminhos tenebrosos sempre serão presentes em nossa mente nos dando a certeza de que não estamos sós e que seremos vencedores; outras no entanto nos aprisionam em cárceres internos que será muito difícil nos libertarmos deles.

Parece coisa de criança mas não é. Vou citar um exemplo clássico que eu e você já ouvimos quando criança.

"Boi, boi, boi. Boi da cara preta pega esse menino que tem medo de careta"

"Vai lá não filho, a mulher de algodão vai te pegar"

Como eu disse no início, é um conjunto de situações que levam o ser humano ao extremo. São coisas simples, um monte de coisas simples. Uma grande barragem é destruida com pequenos furos em suas paredes.

Perder faz parte da vida, sentir-se um perdedor faz partes dessas "pequenas  coisas".

No decorrer de nossa existência, temos, todas as manhãs a oportunidade de fazer algo novo, de mudar um pouco (para melhor) nosso "eu" dizendo para nós mesmos o quanto somos importantes para alguém, como somos importantes para nós memos, e por que não!

Eu deixarei de ser um vencedor quando deixar de acreditar que sou importante para mim mesmo. Ninguém será capaz de amar alguém sem antes amar a si mesmo.

Você é um vencedor. Nunca deixe que ninguém diga o contrário.

Marcos Vencedor.